19 de fevereiro de 2010

Do início...

A princípio a contemplação
Correr os olhos por entre imagens, render-se àquela face, deixar-se encantar, plenamente, ainda que desconhecendo qualquer parágrafo de sua história, apenas deixar-se encantar
Nadar num mar de dúvidas, mergulhar no não saber
Não saber quais paixões habitavam aquele coração
Será que é feliz? Será que sofre?
Não ela não poderia sofrer. Ela é feita de Lua e sonhos, emana suavidade, deve andar entre nuvens e poesias, pode até carregar consigo um quê de tristeza, mas uma menina tão linda não poderia sofrer
Em seguida, o encontro
A sensação de banhar-se em chuva e sentir o vento gelado percorrer o corpo, o coração, a espinha, mesclando intensidade e lentidão
Vê-la, hipnotizar-se
Pasmar-se diante daquela mulher
Os olhos, o misto perfeito entre a doçura e a sensualidade
Os lábios coroados com o sorriso tímido
A voz soando como acordes de um violão
O corpo, escultura sinuosa guardada pelo dragão
Os cabelos, cascatas negra por onde meus dedos gostariam de deslizar
E a covinha, ah, a covinha
A maneira mais sublime que Deus encontrou para colocar um ponto final em toda aquela perfeição
Era ela, eu tive então certeza. Era ela a quem eu devotaria os sentimentos mais puros e as sensações mais intensas
Era ela quem ali fez com que eu me rendesse, quebrasse toda e qualquer barreira que eu tivesse construído afim de proteger meu coração
Era por ela quem eu esperava naquelas madrugadas tristes em que chorava sozinha por entre meus lençóis, era com ela que eu sonhava todas as noites, era por ela que eu planejava, era ela quem eu sempre quis
E eu me desarmei, me perdi completamente por entre seus olhos, seus lábios, sorriso,voz, corpo, cabelos...
E a covinha, ah, a covinha
A maneira mais sublime que Deus encontrou para me dizer que ela seria meu ponto final.

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