8 de julho de 2010

A noite em que dormi


Há mais de um mês eu não conseguia dormir uma noite inteira. Insônia, pesadelos, crises alérgicas... Ontem, após um dia relativamente complicado e uma crise de choro sem motivos aparentes que me fez rolar na cama durante algum tempo, consegui dormir oito horas initerruptas. Sonhei que estava numa casa de madeira, muito bonita, e do andar de cima podia observar as árvores, as flores, os arbustos e outras plantas que por ali foram cultivadas. Parei o olhar sob um canteiro da onde brotava algo azul. Curiosa, desci as escadas e correndo pela grama, de pés descalços, cheguei ao local. Eram cogumelos. Grandes cogumelos azuis. Fiquei um bom tempo ajoelhada, admirando-os e pensando em quantas coisas bonitas deixei de ver por não ter prestado atenção, por estar de mau humor, por estar mais preocupada em reclamar de algo... Senti uma mão em meu ombro e ouvi alguém dizer "Eu cresci". Era alguém que eu gostava muito e por imaturidade me fez sofrer. Levantei e recebi um forte abraço e um pedido de desculpa. Saímos caminhando, conversando e rindo pelo jardim, tal e qual antigamente.
Acordei em paz.
Talvez tudo o que eu precisasse ontem era por alguns minutos parar de pensar tanto em coisas sem sentido e observar quantas coisas maravilhosas tenho por perto. E um abraço. Ainda que em sonho.

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